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Medina arrasador em Narrabeen AUS
20/04/2021 11:45 em Circuito Mundial WSL

O bicampeão mundial Gabriel Medina venceu o Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona com seus aéreos registrando novos recordes na temporada 2021 do World Surf League Championship Tour. Ele já tinha conseguido a maior nota (9,70) do ano na etapa passada em Newcastle e nesta terça-feira colocou mais três na lista, 9,30 recebido nas quartas de final e 9,27 e 9,50 na decisão do título com o californiano Conner Coffin. Os 18,77 pontos da sua 15.a vitória em 27 finais em etapas do CT, também passaram a ser o maior placar do ano, ultrapassando os 18,16 de John John Florence em Pipeline.

A performance de Medina nas boas ondas de 3 a 4 pés da terça-feira em North Narrabeen foi espetacular. Na decisão do título, já destruiu sua primeira onda, começando com uma rasgada desgarrando a rabeta e invertendo total a direção da prancha, emendando uma batida forte e um aéreo reverse na finalização, que valeram nota 9,27. Logo ele pega uma direita, manda um pancadão de backside e acelera até chegar na rampa para voar muito alto, fazer o rotação completa no ar com muita extensão e aterrissar com perfeição.

Quando completou a manobra, até pediu a nota 10 com os dedos das mãos e a torcida também, mas a nota saiu 9,50. Ainda assim, já era a segunda maior do ano e com ela fez também o maior placar das três primeiras etapas, 18,77 pontos. Tudo isso nos 10 primeiros minutos da bateria. Depois ficou dando um show para o público, que vibrava a cada onda do bicampeão mundial. Conner Coffin até surfou bem uma onda nos minutos finais, mas nada pôde fazer para conter a maestria de Medina.

“É uma sensação incrível conseguir fazer uma performance como essa”, disse Gabriel Medina, logo que saiu do mar e foi cercado pela torcida que lotou a praia na terça-feira. “Foi uma final com boas ondas e bastante oportunidades para surfar e eu acertei todos os meus aéreos. É muito bom ganhar um evento e eu estava com saudade dessa emoção. Eu tenho chegado em várias finais (essa foi a quarta consecutiva), mas estava cometendo alguns erros que corrigi tudo nessa. É ótimo sentir essa sensação de que você está melhorando”.

Medina também comentou sobre o aéreo que valeu a maior nota do Rip Curl Narrabeen Classic, 9,50: “Aquela rampa foi demais. Quando eu entrei na onda, fiz a primeira manobra e depois só acelerei e fui para o aéreo. Quando aterrissei, eu sabia que ia receber outra nota 9 e pouco e aí pensei: acabou. Eu quero agradecer todo mundo aqui desse lugar incrível, as praias são fantásticas, a comida é ótima, as pessoas muito simpáticas e ter esse apoio da torcida é demais. Tenho me divertido muito e a Austrália nunca foi tão boa para mim assim”.

Assim como na categoria masculina, a feminina terminou com uma final Brasil x Estados Unidos, essa valendo a vice-liderança isolada no ranking. A gaúcha Tatiana Weston-Webb começa melhor com nota 6,67 de dois ataques explosivos de frontside numa esquerda. Ela repete a dose combinando duas manobras para somar 4,67. Aí veio a primeira calmaria da bateria, sem entrar ondas. Depois, a vice-campeã mundial Caroline Marks, pega uma onda boa que abre a parede para fazer quatro manobras expressivas, jogando a rabeta e invertendo a direção da prancha, para entrar na briga com nota 7,27. Logo a californiana pega outra onda e assume a ponta com 4,93.

A brasileira fica precisando de 5,54 para conquistar sua segunda vitória da carreira no CT, só que não consegue mais achar ondas com potencial para isso na segunda metade da bateria de 30 minutos. A americana ainda pega uma para fazer um cutback estiloso trocando a borda, uma rasgada forte levantando água e mais um cutback antes da finalização, trocando o 4,93 por 5,30. Com essa nota, Caroline Marks festeja sua terceira vitória no CT por 12,57 a 11,34 pontos. 

“Sempre que você está na final, você quer ganhar né. Esse era o sonho e não deu certo, mas o segundo lugar foi bom também. Eu quero agradecer a todos pelo apoio. Essa semana foi incrível, deu para mostrar um pouco do meu surfe e vamos com tudo para Margaret River”, disse Tatiana Weston-Webb, que vai disputar medalha para o Brasil nas Olimpíadas de Tokyo, junto com Silvana LimaGabriel Medina e Italo Ferreira“O Gabriel, o Italo e a Silvana, sempre estão me inspirando. A gente tem um time incrível para as Olimpíadas e não vejo a hora de estar lá no Japão representando a bandeira brasileira”.

As próximas duas etapas do Tour serão na região de West Australia, o Boost Mobile Margaret River Pro de 02 a 12 de maio em Margaret River e o Rip Curl Rottnest Search de 16 a 26 de maio em Rottnest Island.

TOP-10 DO RANKING 2021 DA WORLD SURF LEAGUE – após 3 etapas:
1.o- Gabriel Medina (BRA) – 25.600 pontos
2.o- Italo Ferreira (BRA) – 19.405
3.o- John John Florence (HAV) – 14.650
4.o- Kanoa Igarashi (JPN) – 12.810
4.o- Conner Coffin (EUA) – 12.810
6.o- Morgan Cibilic (AUS) – 12.160
7.o- Jordy Smith (AFR) – 11.385
8.o- Filipe Toledo (BRA) – 10.735
8.o- Griffin Colapinto (EUA) – 10.735
8.o- Frederico Morais (PRT) – 10.735
———–outros brasileiros:
11.o- Yago Dora (BRA) – 9.395 pontos
13.o- Caio Ibelli (BRA) – 7.970
15.o- Deivid Silva (BRA) – 7.405
18.o- Jadson André (BRA) – 6.905
20.o- Adriano de Souza (BRA) – 6.340
22.o- Peterson Crisanto (BRA) – 5.980
22.o- Miguel Pupo (BRA) – 5.980
32.o- Alex Ribeiro (BRA) – 2.925

TOP-10 DO RANKING FEMININO DA WORLD SURF LEAGUE:
1.a- Carissa Moore (HAV) – 23.885 pontos
2.a- Caroline Marks (EUA) – 18.695
3.a- Tatiana Weston-Webb (BRA) – 16.495
4.a- Tyler Wright (AUS) – 15.220
5.a- Stephanie Gilmore (AUS) – 14.235
6.a- Sally Fitzgibbons (AUS) – 13.440
6.a- Courtney Conlogue (EUA) – 13.440
8.a- Johanne Defay (FRA) – 12.100
9.a- Keely Andrew (AUS) – 11.875
10.a- Isabella Nichols (AUS) – 11.455

Fonte: WSL South America / Fotos: WSL divulgação

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